Novos Estudos Cebrap lança edição 123

A revista apresenta uma homenagem a José Arthur Giannotti escrita por Marcos Nobre, três textos do dossiê temático “Fernando Henrique Cardoso, cientista social: modos de ler” e outros sete artigos, além de ensaio visual assinado pela artista plástica Vânia Mignone

A Novos Estudos Cebrap lança, esta semana, a sua 123ª edição, reunindo dez artigos e ensaio visual da artista plástica Vânia Mignone. Abre a revista uma homenagem de Marcos Nobre, presidente do Cebrap, a José Arthur Giannotti, um dos fundadores da instituição, morto em julho do ano passado.

A edição apresenta o dossiê temático “Fernando Henrique Cardoso, cientista social: modos de ler”, organizado por Pedro Luiz Lima, Leonardo Belinelli e Karim Helayel. Fruto de um seminário homônimo que reuniu pesquisadores que revisitaram a obra de Cardoso e os conceitos-chave de seu pensamento, o dossiê é composto por três artigos. Pedro Lima discute o lugar do marxismo na produção de Cardoso e na recepção de seus escritos. Belinelli e Helayel dão ênfase ao período de 1969-78, argumentando que os estudos de FHC sobre dependência e democratização do Brasil articulam suas preocupações teóricas com sua prática política. Lidiane Soares Rodrigues, por sua vez, reconstrói o itinerário e as escolhas de FHC que lhe asseguraram um status ímpar no ambiente acadêmico norte-americano.

A partir da análise comparativa da representação política evangélica em três países da América Latina, o pesquisador Fabio Lacerda discute como a estrutura interna das igrejas se articula com as instituições da política representativa. Em seguida, Julia Paranhos, Fernanda Steiner Perin, Daniela Falcão, Mariana Vaz-Canosa e Lia Hasenclever apresentam uma análise das políticas de indústria e ciência, tecnologia e inovação (CT&I) para o Complexo Industrial da Saúde, entre 2003 e 2017. Flavia Portella Püschel revisita a obra de Klaus Günther e sua crítica à teoria do discurso da responsabilidade.

Raquel Patriota da Silva estabelece um processo de revisão da obra tardia de Theodor Adorno, especialmente seus escritos dos anos 1960 sobre o cinema. Partindo da doação do acervo do arquiteto Lucio Costa para a instituição portuguesa Casa da Arquitectura, Eduardo Augusto Costa debate a importância dos acervos de arquitetura para a cultura brasileira.

Após ampla pesquisa em periódicos de época, Mário Augusto Medeiros da Silva analisa a atuação do Teatro Experimental do Negro de São Paulo entre os anos de 1945-66, recuperando a formação do grupo, suas propostas, parcerias e engajamentos antirracistas e anticolonialistas. Fecha a revista um artigo do cientista político e professor de relações internacionais Mathias Alencastro, para quem a chapa Lula-Alckmin espelha as transformações da esquerda e os dilemas da social-democracia no século XIX.

A revista impressa conta ainda com ensaio visual da artista plástica Vânia Mignone, intitulado “Terra Brasilis”, uma série de desenhos que dialogam com a realidade brasileira contemporânea, marcada pela destruição da natureza, pelo desejo de fuga e pela necessidade de resistência.

A Novos Estudos 123 pode ser comprada no site da revista, pelo valor de R$50, ou pode ser adquirida pelo plano de assinatura anual, no valor de R$ 120. Neste ano a revista criou uma modalidade de assinatura anual direcionada aos estudantes de graduação e pós-graduação, no valor de R$ 80.

Para saber como assinar a revista impressa, visite o link: https://novosestudos.com.br/assinatura. Os textos dessa edição podem ser lidos gratuitamente em http://novosestudos.com.br/produto/edicao-123/.

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