
Coordenação: Monise F. Picanço e Maria Carolina Vasconcelos
Contato: cebrap.lab@cebrap.org.br
Desde 2018, o cebrap.lab, programa de formação aplicada em métodos, técnicas e ferramentas de pesquisa em ciências sociais, vem sendo um braço fundamental na política de difusão de conhecimento do Cebrap.
Os cursos são pensados no formato de laboratórios, priorizando uma abordagem prática e processual das ferramentas em questão. Orientados por pesquisadores que utilizam essas ferramentas e métodos empiricamente, os laboratórios buscam relacionar problemas de pesquisa, abordagens teóricas e estratégias de coleta e/ou análise de dados, contemplando ferramentas quantitativas, qualitativas ou mistas.
Os laboratórios têm duração de uma semana, com encontros sincrônicos na segunda, na quarta e na sexta feira e atividades remotas na terça e na quinta feira. Mesmo acontecendo no ambiente online (desde 2020), o programa mantém o diferencial da abordagem “mão na massa”, com foco em questões de pesquisa reais e com abertura para discussões sobre as necessidades específicas dos participantes e seus objetos de pesquisa.
Mais de 700 participantes já passaram pelo cebrap.lab, entre pesquisadores acadêmicos, profissionais do setor público ou do terceiro setor, estudantes de pós-graduação, integrantes de movimentos sociais, entre outros perfis que se utilizam de ferramentas de pesquisa em sua atuação profissional.
Em 2023, os laboratórios estão organizados em duas trilhas uma qualitativa e uma quantitativa, e há descontos progressivos para quem cursar mais de um lab ou toda a trilha. Além das trilhas, há os labs especiais de 2023, que são focados em técnicas multi métodos, em abordagens amplas de pesquisa ou em grandes bases de dados, também sujeitos a descontos progressivos na matrícula.
Como funciona


Especiais
PNAD Contínua |
15 a 19 de maio |
Victor Callil |
Laboratório de desenho de pesquisa | 19 a 23 de junho | Monise Fernandes Picanço, Tomás Wissenbach e Victor Callil |
Análise de dados qualitativos utilizando Atlas.ti | 10 a 14 de julho | Monise Fernandes Picanço |
Análise de Dados Legislativos | 31 de julho a 4 de agosto | Danilo Medeiros |
Análise de redes utilizando SocNetV | 18 a 22 de setembro | Rafael de Souza |
Estudos de caso em Políticas Públicas | 4 a 8 de dezembro | Alexandre Abdal |
Conheça mais sobre os cursos
PNAD Contínua
Este curso é voltado para pessoas que gostariam de trabalhar com a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE) e não estão habituadas a manipular bancos de dados complexos como este. Durante as aulas, os participantes aprenderão sobre questões metodológicas da pesquisa, bem como sobre suas nuances, limites e possibilidades. O curso ensinará a selecionar aquilo que se deseja na base disponibilizada pelo IBGE, levar para um software de manipulação de dados e trabalhar algumas estatísticas básicas (frequências, tabelas cruzadas, médias, medianas, etc.). Para participar do curso é necessário ter noções básicas de Excel e ter instalado em sua máquina o RStudio. O curso utilizará os dois softwares para trabalhar os dados.
Victor Callil
Doutorando em história pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e mestre em sociologia pela Universidade de São Paulo (USP). Pós-graduado em pesquisa de marketing, mídia e opinião pública pela Fundação Escola de Sociologia e Política (FESP- SP). Possui graduação em Turismo pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). É pesquisador do Núcleo de Desenvolvimento do Cebrap desde 2009 onde participa de pesquisas sobre mobilidade urbana e políticas públicas. Trabalha com o tema da mobilidade urbana desde 2011. Participou da elaboração das Ciclorrotas (2011 e 2012) e do mapeamento do Bike Sampa (2012). Compõe a equipe responsável pela elaboração de indicadores e análise de acompanhamento de sistemas de bicicleta compartilhada em 6 cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife (2012 – 2017). Realizou pesquisas quantitativas e qualitativas com ciclistas (2012 – 2015) e com gestores públicos (2016). Desenvolve trabalhos técnicos de contagem (2014, 2014, 2017), além de trabalhos acadêmicos na área (2017/18/19/20). Trabalha com manipulação, análise e georreferenciamento de dados em programas estatísticos e GIS.
Análise de dados qualitativos utilizando Atlas.ti
A proposta do curso é fornecer ferramentas para potencializar a análise do material qualitativo coletado a partir de entrevistas, observação e anotações e/ou materiais documentais. Trabalharemos com o método da codificação, forma de análise que ganha corpo nas Ciências Sociais em meados de 1960 e se dissemina, sobretudo, a partir da construção dos softwares de codificação. Apresentamos duas perspectivas analíticas que utilizam codificação: a Grounded Theory, que propõe uma investigação dos dados qualitativos realizada de maneira exploratória, descritiva e indutiva; e a Análise de Conteúdo, que concebe a análise dos dados qualitativos de maneira dedutiva, considerando que mesmo com um “Small N” é possível prover explicações de cunho causal. Tendo como base essa discussão, a intenção do curso é familiarizar os alunos com o uso de um software de análise qualitativa Atlas.ti. Os alunos são apresentados ao software e vemos como a leitura e a interpretação dos dados qualitativos podem ser aprimoradas com o uso de diferentes técnicas de codificação, fragmentação e cruzamento. Além disso, exploramos como produzir indicadores quantitativos simples sobre o texto para a identificação de regularidades e diferenças.
Monise Fernandes Picanço
Mestra e doutora em Sociologia pela USP. Coordenadora do cebrap.lab, é pesquisadora do Núcleo de Desenvolvimento do Cebrap desde 2010 com experiência em coleta e análise qualitativa e quantitativa em pesquisas sobre educação, inovação, mercado de trabalho, mobilidade, sociologia dos mercados e políticas públicas. Coordena hoje pesquisas sobre Inovação no setor público no Cebrap em parceria com a prefeitura de São Paulo, além de atuar como orientadora nas iniciativas do Desafio Cebrap desde 2018. É também professora de Metodologia com foco em análise qualitativa, com passagem pelo cebrap.lab, Unicamp [IFCH e FE] Programa de Treinamento Intensivo em Metodologia Quantitativa da UFMG [MQ-UFMG] e Metodológicas CEM [USP]. Foi professora visitante na Unicamp e pesquisadora associada ao Centro de Estudos da Metrópole entre 2010 e 2017.
Laboratório de desenho de pesquisa
O objetivo desse laboratório é oferecer aos participantes ferramentas necessárias para desenhar, planejar e acompanhar projetos de pesquisa. Com uma equipe de professores especialistas tanto em pesquisas quantitativas como qualitativas, o laboratório combina exposições metodológicas e atividades práticas focadas nas demandas específicas dos participantes. São bem-vindos participantes em estágio de formulação de pesquisas acadêmicas individuais (para mestrado ou doutorado, por exemplo) ou representantes de organizações/coletivos interessados em construir análises a partir de dados empíricos. A proposta é, de acordo com os interesses de cada participante, auxiliar a identificar e recortar os objetos de pesquisa, constituir perguntas, escolher os métodos e técnicas necessárias para respondê-las e, eventualmente, sugerir outros estudos no campo das ciências sociais que podem ter interlocução com os temas em questão.
Monise Fernandes Picanço
Mestra e doutora em Sociologia pela USP. Coordenadora do cebrap.lab, é pesquisadora do Núcleo de Desenvolvimento do Cebrap desde 2010 com experiência em coleta e análise qualitativa e quantitativa em pesquisas sobre educação, inovação, mercado de trabalho, mobilidade, sociologia dos mercados e políticas públicas. Coordena hoje pesquisas sobre Inovação no setor público no Cebrap em parceria com a prefeitura de São Paulo, além de atuar como orientadora nas iniciativas do Desafio Cebrap desde 2018. É também professora de Metodologia com foco em análise qualitativa, com passagem pelo cebrap.lab, Unicamp [IFCH e FE] Programa de Treinamento Intensivo em Metodologia Quantitativa da UFMG [MQ-UFMG] e Metodológicas CEM [USP]. Foi professora visitante na Unicamp e pesquisadora associada ao Centro de Estudos da Metrópole entre 2010 e 2017.
Victor Callil
Doutorando em história pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e mestre em sociologia pela Universidade de São Paulo (USP). Pós-graduado em pesquisa de marketing, mídia e opinião pública pela Fundação Escola de Sociologia e Política (FESP- SP). Possui graduação em Turismo pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). É pesquisador do Núcleo de Desenvolvimento do Cebrap desde 2009 onde participa de pesquisas sobre mobilidade urbana e políticas públicas. Trabalha com o tema da mobilidade urbana desde 2011. Participou da elaboração das Ciclorrotas (2011 e 2012) e do mapeamento do Bike Sampa (2012). Compõe a equipe responsável pela elaboração de indicadores e análise de acompanhamento de sistemas de bicicleta compartilhada em 6 cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife (2012 – 2017). Realizou pesquisas quantitativas e qualitativas com ciclistas (2012 – 2015) e com gestores públicos (2016). Desenvolve trabalhos técnicos de contagem (2014, 2014, 2017), além de trabalhos acadêmicos na área (2017/18/19/20). Trabalha com manipulação, análise e georreferenciamento de dados em programas estatísticos e GIS.
Tomás Wissenbach
Geógrafo e mestre em Geografia Humana pela USP e doutor em Administração Pública e Governo pela FGV-SP. Atualmente é pesquisador do Cebrap Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), onde coordena pesquisas relacionadas ao monitoramento e avaliação de políticas públicas e planejamento territorial. Atua como consultor sênior em processos de mapeamento e registro de políticas públicas e análise de conteúdo para sistematização de projetos. Coordena a parceria Cebrap Onu-Habitat de construção de observatório de políticas públicas e sistematização de Programas Estratégicos. Entre 2013 e 2016, como diretor do Departamento de Informações da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura de São Paulo, coordenou a implementação do GeoSampa – Sistema de Informações Geográficas da Cidade de São Paulo. Entre 2015 e 2017 presidiu o conselho administrativo da São Paulo Urbanismo, empresa pública municipal de projetos urbanos. Possui 15 anos de experiência em gestão e planejamento de políticas públicas, indicadores e planejamento territorial, em diferentes órgãos da administração pública estadual (Seade e Emplasa) e municipal (Secretaria de Planejamento, Secretaria de Desenvolvimento Urbano).
Análise de Dados Legislativos
O interesse por dados legislativos vem crescendo devido ao reconhecimento de que a atividade nas assembleias pelo mundo afeta a produção de políticas públicas, mas também ao avanço tecnológico que permitiu que qualquer usuário munido de computador com acesso à internet consiga informações básicas do que acontece na casa legislativa de seu interesse. O curso visa, então, oferecer treinamento para que a pessoa interessada consiga responder perguntas de pesquisa com foco no trabalho legislativo ou avaliar a atuação parlamentar. Serão fornecidas ferramentas para a coleta de informações legislativas, a organização de bancos de dados sistemáticos, a extração de estatísticas descritivas e criação de índices sintéticos. Para tanto, lançaremos mão do tradicional Banco de Dados Legislativos do CEBRAP como estudo de caso. Os 30 anos de existência do Banco serão aproveitados para tratarmos das diversas formas de construir, manter e atualizar uma base de dados em constante evolução. Além disso, exploraremos potenciais combinações dos dados legislativos com informações de outras fontes e características, o que permitirá análises mais abrangentes, complexas e multifacetadas. Por fim, o curso se pautará pela perspectiva de que o desenho de um banco de dados deve levar em consideração os objetivos iniciais e motivações do seu construtor.
Danilo Medeiros
É Doutor em Ciência Política pela Universidade da Virgínia, Mestre em Ciência Política e Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é Pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP) e Pesquisador Colaborador do Centro de Estudos de Opinião Pública (CESOP) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Desde 2020 é professor convidado na Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EESP-FGV). Tem experiência nas áreas de política comparada, política brasileira e métodos de pesquisa. Atua no CEBRAP desde 2007.
Análise de redes utilizando SocNetV
O curso tem como objetivo apresentar conceitos gerais da análise de redes, suas potencialidades e limitações, permitindo que os participantes do curso sejam capazes de utilizar a metodologia em suas pesquisas e áreas de atuação. A análise de rede tem sido utilizada em várias disciplinas como ferramenta de interrogação de fenômenos complexos como a distribuição relacional de poder, cooperação, conflito, capital social e a difusão de inovações. Redes podem ser descritas como conjuntos de interações entre unidades analíticas diversas. Trata-se sobretudo do estudo das conexões (amizade, cooperação, aconselhamento, similaridade, competição, etc.) entre diversos atores sociais. O curso fornece as ferramentas teóricas e metodológicas básicas do campo para que os interessados possam adaptar criativamente tais ferramentas em suas respectivas áreas de atuação. Voltado para pesquisadores acadêmicos e não- acadêmicos, as aulas irão introduzir aos alunos às bases teóricas, esquemas de notação, conceitos e métricas básicas utilizadas na descrição e representação de redes. Como representar redes sociais? Como é possível visualizar estruturas sociais? Serão enfatizados principalmente os aspectos operacionais da metodologia: desde a formulação dos problemas de pesquisa, coleta dos dados, passando pelo uso de ferramentas computacionais e chegando enfim à realização de medidas e visualização das redes. Essa atividade será desenvolvida com o uso do software SocNetV e outras ferramentas computacionais que auxiliarão o aluno durante o curso.
Rafael de Souza
Atualmente é pós-doutorando pelo Programa Internacional e Interdisciplinar de Pós- Doutorado (IPP) do Cebrap. Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia pela Universidade de São Paulo. Teve passagem pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia. Pesquisador do CEBRAP desde 2015. Ministrou aulas sobre análise de redes sociais e construção de bancos de dados no Laboratório de Pesquisa Social – USP e também da Fundação Escola de Sociologia e Política. Atua na área de sociologia política e de movimentos sociais, com ênfase na relação entre cultura e política na construção social do ativismo e nas mediações organizacionais promovidas pelas redes em que as identidades políticas se formam. Tem experiência na área de análise de redes sociais, análise de eventos e pesquisa qualitativa.
Estudos de caso em Políticas Públicas
Este laboratório visa introduzir os participantes ao universo dos estudos de caso em Políticas Públicas, capacitando-os a planejar e a conduzir os seus próprios estudos de caso nas suas políticas de interesse. Estudos de caso são desenhos de pesquisa voltados para a produção de conhecimento em profundidade do caso estudado a partir da utilização das diferentes técnicas de pesquisa disponíveis, sejam elas quantitativas ou qualitativas. São indicados para situações nas quais o fenômeno de interesse não é imediatamente separável do contexto social mais geral e, por isso, constituem-se como ferramentas poderosas para a análise de políticas públicas e das ações governamentais. O laboratório abordará os seguintes temas: (i) o que são políticas públicas e a teoria dos ciclos de políticas; (ii) o que são estudos de caso e quando optar por eles; (iii) como desenhar e implementar estudos de caso; e (iv) como construir o(s) caso(s) para análise e definir as suas fronteiras.
Alexandre Abdal
É sociólogo pela FFLCH-USP e professor do curso de Administração Pública da FGV EAESP e pesquisador do Núcleo de Desenvolvimento do Cebrap e da rede de pesquisa INCT Observatório das Metrópoles: núcleo São Paulo. Atualmente é pós-doutorando do International Posdoctoral Program (IPP) do Cebrap com a pesquisa: “A globalização na berlinda: a crise da economia-mundo europeia e a emergência de dinâmicas globais disruptivas”. Interessa-se pelas grandes áreas dos estudos do desenvolvimento e globalização e dos estudos regionais e urbanos, com reflexão e acúmulo nas temáticas (i) políticas públicas de desenvolvimento, competitividade e inovação; (ii) métodos e técnicas de pesquisa em Ciências Sociais; (iii) mercado de trabalho e educação superior; e (iv) avaliação de políticas públicas. É autor do livro “São Paulo, Desenvolvimento e Espaço: a formação da Macrometrópole Paulista”, pela editora Papagaio, e um dos editores e organizadores dos livros digitais ‘Métodos e técnicas de pesquisa em Ciências Sociais: bloco quantitativo’ e ‘Métodos e técnicas de pesquisa em Ciências Sociais: bloco qualitativo’, em parceria com o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc-SP.
Conheça nossas Trilhas
Trilha Quali
Abordagens e métodos qualitativos: Uma introdução |
27 a 31 de março |
Monise Fernandes Picanço e Maria Carolina Oliveira |
Entrevistas em profundidade | 8 a 12 de maio | Jaciane Milanezi |
Desenho, condução e análise de grupos focais | 12 a 16 de junho | Alexandre Abdal |
Etnografia | 3 a 7 de julho | Jaciane Milanezi |
Análise Documental | 14 a 18 de agosto | Ana Carolina Andrada |
Mapeamentos socioculturais | 11 a 15 de setembro | Ana Paula do Val |
Dados qualitativos: Estratégias e metodologias de análise | 2 a 6 de outubro | Monise Fernandes Picanço |
Análise de dados qualitativos utilizando Nvivo | 6 a 10 de novembro | Anna Carolina Venturini |
Conheça mais sobre os cursos
Abordagens e métodos qualitativos: Uma introdução
Este curso apresenta uma introdução às abordagens qualitativas de pesquisas sociais, e é recomendado para pessoas que pretendem cursar outros laboratórios da trilha qualitativa do cebrap.lab e não tenham experiência prévia nessas abordagens. Aqui, abordaremos os principais diferenciais das abordagens qualitativas, seus pontos fortes e suas limitações, bem como algumas perspectivas teóricas que fazem uso dessas abordagens nas ciências sociais. Serão abordados, de forma introdutória, métodos como observações, entrevistas e grupos focais. Espera-se que, ao final do curso, os participantes tenham um panorama das abordagens qualitativas e saibam escolher quais os métodos mais adequados para responder aos seus problemas específicos de pesquisa.
Monise Fernandes Picanço
Mestra e doutora em Sociologia pela USP. Coordenadora do cebrap.lab, é pesquisadora do Núcleo de Desenvolvimento do Cebrap desde 2010 com experiência em coleta e análise qualitativa e quantitativa em pesquisas sobre educação, inovação, mercado de trabalho, mobilidade, sociologia dos mercados e políticas públicas. Coordena hoje pesquisas sobre Inovação no setor público no Cebrap em parceria com a prefeitura de São Paulo, além de atuar como orientadora nas iniciativas do Desafio Cebrap desde 2018. É também professora de Metodologia com foco em análise qualitativa, com passagem pelo cebrap.lab, Unicamp [IFCH e FE] Programa de Treinamento Intensivo em Metodologia Quantitativa da UFMG [MQ-UFMG] e Metodológicas CEM [USP]. Foi professora visitante na Unicamp e pesquisadora associada ao Centro de Estudos da Metrópole entre 2010 e 2017.
Maria Carolina Oliveira
É pesquisadora, professora e realizadora nas áreas de arte e cultura. Mestra e doutora em Sociologia pela FFLCH- USP, atualmente desenvolve pesquisa de pós-doutorado no Instituto de Artes da Unesp. Atua em temas relacionados à cultura, artes, políticas culturais e suas intersecções com o tema do desenvolvimento. É co-coordenadora do cebrap.lab e pesquisadora do Núcleo de Desenvolvimento do Cebrap desde 2005, tendo coordenado projetos como Fortalecendo Redes Culturais, realizado em parceria com o Fundo Internacional da Diversidade Cultural da Unesco. Como docente de ensino superior, já integrou quadro de escolas como o Centro Universitário Senac (nos cursos de pós-graduação Gestão Cultural e Mídias Digitais) e a Escola de Sociologia e Política de São Paulo (pós-graduação Globalização e Cultura), além de colaborar como professora em experiências de extensão, especialização ou educação continuada como as Semanas de Gestão e Política Cultural do Observatório Itaú Cultural, o curso de Gestão Cultural do Sesc, entre outros.
Entrevistas em profundidade
Entrevistar é uma das técnicas utilizadas por pesquisadores para coletar dados. Contudo, a entrevista é uma interação social verbal, assimétrica e atravessada por silêncios também. O curso objetiva introduzir a audiência ao uso da entrevista em estudos qualitativos a partir das ciências sociais. Primeiro, abordaremos a elaboração de tipos de entrevistas por perguntas teoricamente orientadas. Em seguida, focaremos nas principais fases da entrevista, como o encontro com os entrevistados, testagem do roteiro, condução da interação, sistematização e análise. Por fim, discutiremos alguns desafios rotineiros, tais como posições sociais dos interlocutores, comportamentos inesperados de ambos e temas sensíveis.
Jaciane Milanezi
Socióloga pela UFRJ, pós-doutoranda no Cebrap, pesquisadora do Afro/Cebrap, pesquisadora visitante no The Graduate Institute, em Genebra/Suíça, e bolsista FAPESP. Suas pesquisas se utilizam da entrevista em profundidade e etnografia para analisar a relação entre raça, gênero, migração internacional e desigualdades em saúde, em específico, as repercussões dessa interface na experiência de mulheres negras no acesso aos cuidados reprodutivos no contexto brasileiro.
Desenho, condução e análise de grupos focais
O laboratório sobre desenho, condução e análise de grupos focais tem por objetivo introduzir as estudantes ao universo dos grupos focais, capacitando-as a produzir e a conduzir os seus próprios grupos focais e a sistematizar e analisar a evidência obtida por meio deles. Grupos focais são ferramentas qualitativas e controladas de pesquisa pelo qual a pesquisadora obtém rica informação derivada da interação discursiva entre as participantes. Grupos focais são utilizados em diferentes áreas e setores de atividade: da propaganda e marketing, por exemplo, para prospectar reações de consumidoras a produtos novos, às ciências sociais, como no caso da investigação dos significados associados às diferentes práticas sociais, econômicas, religiosas, culturais etc., e passando pelas políticas públicas, descortinando, por exemplo, como beneficiárias de determinado programa utilizam o benefício recebido e como estariam sem ele. Nesse sentido, o laboratório é voltado a pesquisadoras acadêmicas e não acadêmicas, em diferentes setores de atividade e etapas da carreira, desejosas de se apropriar e construir os seus próprios grupos focais. Serão abordados os seguintes temas: (i) métodos quali e os grupos focais; (ii) a produção de um grupo focal; (iii) amostragem e seleção das participantes; (iv) roteiro e condução de grupos focais; e (v) sistematização e análise da evidência obtida.
Alexandre Abdal
É sociólogo pela FFLCH-USP, professor do curso de Administração Pública da FGV EAESP e pesquisador do Núcleo de Desenvolvimento do Cebrap e da rede de pesquisa INCT Observatório das Metrópoles: núcleo São Paulo. Atualmente é pós-doutorando do International Posdoctoral Program (IPP) do Cebrap com a pesquisa: “A globalização na berlinda: a crise da economia-mundo europeia e a emergência de dinâmicas globais disruptivas”. Interessa-se pelas grandes áreas dos estudos do desenvolvimento e globalização e dos estudos regionais e urbanos, com reflexão e acúmulo nas temáticas (i) políticas públicas de desenvolvimento, competitividade e inovação; (ii) métodos e técnicas de pesquisa em Ciências Sociais; (iii) mercado de trabalho e educação superior; e (iv) avaliação de políticas públicas. É autor do livro “São Paulo, Desenvolvimento e Espaço: a formação da Macrometrópole Paulista”, pela editora Papagaio, e um dos editores e organizadores dos livros digitais ‘Métodos e técnicas de pesquisa em Ciências Sociais: bloco quantitativo’ e ‘Métodos e técnicas de pesquisa em Ciências Sociais: bloco qualitativo’, em parceria com o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc-SP.
Etnografia
Longe de ser uma observação distante da vida social, etnografar é imergir num universo de interações, diferente ou não, da vida social de pesquisadores. O curso introduz os interessados e interessadas nessa metodologia de pesquisa. Para isso, as aulas se dividem em três aspectos associados aos principais momentos etnográficos. Inicialmente, abordaremos a delimitação teórica de um universo a ser etnografado, o famoso “campo”, podendo ser inclusive virtual. Em seguida, analisaremos a entrada, o cotidiano de interações e a saída do campo de pesquisa. Por fim, nos dedicaremos à fase posterior de sistematização, análise e escolhas de escrita etnográfica.
Jaciane Milanezi
Socióloga pela UFRJ, pós-doutoranda no Cebrap, pesquisadora do Afro/Cebrap, pesquisadora visitante no The Graduate Institute, em Genebra/Suíça, e bolsista FAPESP. Suas pesquisas se utilizam da entrevista em profundidade e etnografia para analisar a relação entre raça, gênero, migração internacional e desigualdades em saúde, em específico, as repercussões dessa interface na experiência de mulheres negras no acesso aos cuidados reprodutivos no contexto brasileiro.
Análise Documental
Fóruns de discussão na internet, atas de reunião, notícias de jornal, panfletos, etc. Documentos, impressos ou virtuais, que não foram produzidos pelo próprio pesquisador, podem ser fontes inescapáveis para responder determinada questão de pesquisa. O objetivo deste laboratório é oferecer aos participantes um panorama sobre o uso de material documental em pesquisas nas ciências sociais. Que tipo de documentos temos à nossa disposição? Quais os limites e potencialidades de cada um deles? Que ferramentas, inclusive computacionais, podemos utilizar para nos auxiliar no processo de sistematização e interpretação desse material? A partir de exercícios práticos, vamos discutir formas de selecionar, tratar e interpretar documentos e refletir acerca das decisões e dilemas envolvidos nesse processo.
Ana Carolina Andrada
Socióloga com experiência nas áreas de educação, mercado de trabalho, políticas públicas e cultura. Atua como pesquisadora do Cebrap desde 2010 e foi pesquisadora do Centro de Estudos da Metrópole (CEM) entre 2007 e 2017, participando do planejamento, condução e análise de pesquisas de abordagem quantitativa e qualitativa. Graduada em Ciências Sociais (USP) e Jornalismo (Faculdade Casper Líbero), é mestre em Sociologia pela Universidade de São Paulo. Atualmente é doutoranda em Sociologia na Universidade de São Paulo, desenvolvendo um projeto de pesquisa sobre o pareamento entre estudantes e vagas de ensino superior.
Mapeamentos socioculturais
Podemos compreender os mapeamentos socioculturais como um conjunto interdisciplinar de epistemologias, métodos e instrumentais de pesquisa, que têm por objetivo gerar um conjunto de informações (quantitativas e/ou qualitativas) georreferenciadas, levantadas, organizadas e analisadas sobre práticas de interesse, envolvendo diversos agentes (pessoas, grupos e instituições) e conhecimentos, a partir do território-espaço-memória local. O curso busca desenvolver uma compreensão crítica acerca dos territórios (físicos e virtuais) e seus contextos socioculturais. Além de estimular processos reflexivos sobre memória, pertencimento e reconhecimento da pluralidade de narrativas e culturas presentes em um mesmo território, desenvolve habilidades de mapeamento da realidade sociocultural local, por meio de exercícios práticos para identificação, registro e promoção.
Ana Paula do Val
Doutoranda em Ciências Humanas e Sociais na Universidade Federal do ABC (UFABC). Mestra em Estudos Culturais pela Universidade de São Paulo (EACH-USP); Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) em Artes Plásticas pela Schule Belletristik, Alemanha. Atua há mais de 20 anos no campo cultural e no planejamento regional com projetos, pesquisas e formação envolvendo mapeamentos (socioculturais, ambientais, turísticos e etc), elaboração de políticas públicas de cultura, gestão, produção cultural, mediação sociocultural e formação de redes. Destas experiências vale destacar o Mapeamento Cultural, artístico, Ambiental e Turístico da Baixada Santista e Vale do Ribeira no estado de SP (SESC-SP/2016-2020). Entre 2018 e 2019, no Cebrap coordenou o trabalho de campo e metodologia do mapeamento no projeto Fortalecendo Redes Culturais (Strengthening local cultural chains and networks in four Brazilian mid sized cultural poles), financiado por meio do edital do International Fund for Cultural Diversity (IFCD) da Unesco. Desde 2008 vem contribuindo com diversos municípios e estados, no assessoramento à elaboração de mapeamentos culturais, implantação de sistemas municipais de culturas e demais políticas públicas para a formação de gestores públicos municipais e sociedade civil para lidar com a gestão e elaboração de ações e políticas territoriais. Integra o Grupo de Trabalho de Sistematização de Práticas de Cultura de Base Comunitária na América Latina, do Programa IberculturaViva. É pesquisadora do MALOCA – Grupo de Pesquisas Multidisciplinares em Arquitetura e Urbanismos do SUL (UNILA-PR) e do Observatório da Diversidade Cultural – ODC (UEMG-UFBA), onde também atua como editora de arte e conteúdo da revista Boletim do Observatório da Diversidade Cultural.
Dados qualitativos: Estratégias e metodologias de análise
A análise de dados qualitativos é uma etapa importante da pesquisa empírica, que implica em decisões, métodos e estratégias de sistematização, e um conhecimento robusto de possibilidades de abordagem e entradas analíticas. Este curso busca apresentar caminhos e possibilidades metodológicas para o trabalho de sistematização de diferentes dados coletados. Como se desenvolvem categorias de análise? O que é preciso fazer para se identificar e sistematizar os achados empíricos? Quais são os instrumentos e softwares disponíveis que podem me ajudar a analisar? Abordaremos ainda três metodologias de análise que podem ser aplicadas na análise qualitativa: análise de discurso, análise de conteúdo e grounded theory (teoria fundamentada). Serão apresentadas suas principais características, diferenças, pontos fortes e limitações, bem como exemplos práticos de como utilizar essas metodologias. Espera-se que, ao final do curso, os participantes tenham um panorama de perspectivas de análise qualitativa e saibam escolher quais são as metodologias e instrumentos mais adequados para responder aos seus problemas específicos de pesquisa.
Monise Fernandes Picanço
Mestra e doutora em Sociologia pela USP. Coordenadora do cebrap.lab, é pesquisadora do Núcleo de Desenvolvimento do Cebrap desde 2010 com experiência em coleta e análise qualitativa e quantitativa em pesquisas sobre educação, inovação, mercado de trabalho, mobilidade, sociologia dos mercados e políticas públicas. Coordena hoje pesquisas sobre Inovação no setor público no Cebrap em parceria com a prefeitura de São Paulo, além de atuar como orientadora nas iniciativas do Desafio Cebrap desde 2018. É também professora de Metodologia com foco em análise qualitativa, com passagem pelo cebrap.lab, Unicamp [IFCH e FE] Programa de Treinamento Intensivo em Metodologia Quantitativa da UFMG [MQ-UFMG] e Metodológicas CEM [USP]. Foi professora visitante na Unicamp e pesquisadora associada ao Centro de Estudos da Metrópole entre 2010 e 2017.
Análise de dados qualitativos utilizando Nvivo
Este curso oferece uma introdução a um dos principais softwares de análise qualitativa: o NVivo. Serão abordadas as principais funcionalidades e ferramentas do software para análise do material qualitativo. Veremos como a leitura e a interpretação de dados qualitativos podem ser aprimoradas com o uso de diferentes técnicas de codificação e cruzamento. As aulas serão acompanhadas de atividades práticas envolvendo diferentes tipos de dados (entrevistas, documentos, imagens, etc.). Ao fim do curso, é esperado que os(as) alunos(as) estejam prontos(as) para utilizar o NVivo para realizar pesquisas qualitativas.
Anna Carolina Venturini
Pós-doutoranda vinculada ao departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP). Coordena o Observatório de Ações Afirmativas na Pós-graduação (obaap). É pesquisadora do Afro – Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial no CEBRAP. Fez graduação e mestrado em direito na USP e doutorado em ciência política no IESP-UERJ. Realizou pós-doutorado no IPP-CEBRAP. Já foi pesquisadora visitante na Universidade de Harvard e na Sciences Po.
Trilha Quanti
Introdução à análise de dados quantitativos: ferramentas, procedimentos e aplicações |
10 a 14 de abril |
Victor Callil e Daniela Costanzo |
Design de questionários e formulários online: fundamentos, construção e utilização | 24 a 28 de abril | Victor Callil e Dorival Mata-Machado |
Amostragem em Survey | 22 a 26 de maio | Dorival Mata-Machado |
Introdução a linguagem de programação R | 26 a 30 de junho | Beatriz Milz |
Visualização de dados no R | 28 de agosto a 1 de setembro | Beatriz Milz |
Introdução à análise de regressão para pesquisas sociais | 25 a 29 setembro | Murillo Marschner |
Raspagem de dados com R | 23 a 27 de outubro | Thiago Meirelles |
Análise quantitativa de texto | 27 de novembro a 1 de dezembro | Beatriz Milz |
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Introdução à análise de dados quantitativos: ferramentas, procedimentos e aplicações
O curso apresenta uma introdução à utilização de dados quantitativos nas Ciências Sociais, refletindo sobre sua aplicabilidade e limites. O objetivo do curso é tornar o aluno apto a trabalhar com bancos de dados, apresentando desde a estrutura do banco de dados até a análise dos dados, para a qual utilizaremos o software SPSS. Começamos esse trabalho a partir da apresentação da estrutura de um banco de dados, abordando os tipos de variáveis existentes e as formas de buscar, baixar e abrir um banco de dados da internet, bem como verificar sua confiabilidade. Em seguida, abordaremos as estatísticas descritivas, a construção de tabelas e de gráficos. Parte-se então para o cruzamento e criação de variáveis. Ensinaremos ainda a fazer séries históricas, manipular diversos bancos de dados e automatizar alguns processos através da produção de sintaxes. Por fim, discutiremos agrupamentos, correlações e regressões de forma introdutória. Não é preciso ter qualquer conhecimento prévio para fazer este curso, que pretende introduzir os iniciantes na análise de dados quantitativos. Serão utilizadas aulas expositivas e exercícios práticos.
Victor Callil
Doutorando em história pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e mestre em sociologia pela Universidade de São Paulo (USP). Pós-graduado em pesquisa de marketing, mídia e opinião pública pela Fundação Escola de Sociologia e Política (FESP-SP). Possui graduação em Turismo pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). É pesquisador do Núcleo de Desenvolvimento do Cebrap desde 2009 onde participa de pesquisas sobre mobilidade urbana e políticas públicas. Trabalha com o tema da mobilidade urbana desde 2011. Participou da elaboração das Ciclorrotas (2011 e 2012) e do mapeamento do Bike Sampa (2012). Compõe a equipe responsável pela elaboração de indicadores e análise de acompanhamento de sistemas de bicicleta compartilhada em 6 cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife (2012 – 2017). Realizou pesquisas quantitativas e qualitativas com ciclistas (2012 – 2015) e com gestores públicos (2016). Desenvolve trabalhos técnicos de contagem (2014, 2014, 2017), além de trabalhos acadêmicos na área (2017/18/19/20). Trabalha com manipulação, análise e georreferenciamento de dados em programas estatísticos e GIS.
Daniela Costanzo
Doutora em Ciência Política pela USP com experiência nas áreas de política urbana, economia e política e desenvolvimento econômico e urbano. É pesquisadora do Cebrap desde 2015, passou por cursos de metodologia no CEM, Cebrap, IPSA-USP e UNESCO. Trabalha com dados quantitativos e qualitativos e Sistemas de Informação Geográfica. É bacharela em Ciências Sociais pela USP e mestra em Ciência Política pela mesma instituição. Fez iniciação científica no Centro de Política e Economia do Setor Público da FGV-SP (CEPESP), foi estagiária do Metrô de São Paulo e atuou como professora do Ensino Médio.
Design de questionários e formulários online: fundamentos, construção e utilização
Este laboratório oferece ferramentas para desenvolver questionários e formulários para coleta de dados quantitativos em pesquisas online. Quando bem utilizadas, as ferramentas gratuitas disponíveis para construção de formulários e questionários podem trazer informações preciosas, seja por meio de cadastramentos, enquetes, mapeamentos, levantamentos ou surveys online, não apenas em pesquisas acadêmicas como também em projetos diversos.
O curso está divido em duas partes: em um primeiro momento, abordaremos tópicos mais centrais das discussões sobre surveys, como amostragem e viés, e seu impacto na construção de questionários online. Em seguida, utilizando como exercício empírico uma questão de pesquisa comum proposta aos participantes, trabalharemos as diferentes etapas no caminho da construção de informações: (1) a construção de um problema de pesquisa que possa ser abordado de maneira quantitativa; e, (2) princípios básicos da formulação, construção e utilização de questionários online com perguntas apropriadas à análise quantitativa.
Conforme proposta do CebrapLab, serão utilizadas exposições, vídeos, textos de aprofundamento e exercícios práticos, com priorização no uso de plataformas gratuitas (Google Forms).
Victor Callil
Doutorando em história pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e mestre em sociologia pela Universidade de São Paulo (USP). Pós-graduado em pesquisa de marketing, mídia e opinião pública pela Fundação Escola de Sociologia e Política (FESP-SP). Possui graduação em Turismo pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). É pesquisador do Núcleo de Desenvolvimento do Cebrap desde 2009 onde participa de pesquisas sobre mobilidade urbana e políticas públicas. Trabalha com o tema da mobilidade urbana desde 2011. Participou da elaboração das Ciclorrotas (2011 e 2012) e do mapeamento do Bike Sampa (2012). Compõe a equipe responsável pela elaboração de indicadores e análise de acompanhamento de sistemas de bicicleta compartilhada em 6 cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife (2012 – 2017). Realizou pesquisas quantitativas e qualitativas com ciclistas (2012 – 2015) e com gestores públicos (2016). Desenvolve trabalhos técnicos de contagem (2014, 2014, 2017), além de trabalhos acadêmicos na área (2017/18/19/20). Trabalha com manipulação, análise e georreferenciamento de dados em programas estatísticos e GIS.
Dorival Mata-Machado
Pesquisador com mais de 25 anos de experiência em survey de opinião e marketing. Bacharel em economia, professor de estatística, experto em demografia, analista e consultor com background tanto em pesquisa acadêmica como em pesquisa de opinião pública e mercado. Pesquisador com foco no desenho de questionários, coleta de dados e análise de surveys, foi Sócio-Diretor do Data Popular, Managing Director da Ipsos Public Affairs, Diretor Executivo da APPC – Consultoria Eleitoral, empresas na qual se especializou no estudo de tendências sociais e econômicas, avaliação de políticas públicas, e outros estudos de temas relevantes junto à sociedade, além de diagnóstico, análise e planejamento estratégico de pesquisa e comunicação em campanhas eleitorais.
Amostragem em surveys
Este laboratório procura oferecer ferramentas para que os participantes possam, a partir da identificação de um problema de estudo e da população alvo, desenhar uma amostra estatisticamente representativa, com tamanho adequado para análise e, caso necessário, aplicar uma ponderação e outros ajustes para minimizar o viés de amostragem. Por meio de exercícios empíricos, realizados considerando surveys pessoais, telefônicos e online, o laboratório abordará as seguintes etapas do desenho amostral: (1) definição do tamanho da amostra – com população conhecida ou desconhecida; (2) seleção de variáveis – auto-representativas / representativas e de classificação; (3) métodos de sorteio – aleatório simples, sistemático e estratificado; (4) avaliação e ponderação; (5) inferência estatística em amostragem probabilística e amostragem por quotas (abordagem introdutória, dado que o foco do laboratório está no desenho da amostra). Serão utilizadas exposições, vídeos, textos de aprofundamento e exercícios práticos.
Dorival Mata-Machado
Pesquisador com mais de 25 anos de experiência em survey de opinião e marketing. Bacharel em economia, professor de estatística, experto em demografia, analista e consultor com background tanto em pesquisa acadêmica como em pesquisa de opinião pública e mercado. Pesquisador com foco no desenho de questionários, coleta de dados e análise de surveys, foi Sócio-Diretor do Data Popular, Managing Director da Ipsos Public Affairs, Diretor Executivo da APPC – Consultoria Eleitoral, empresas na qual se especializou no estudo de tendências sociais e econômicas, avaliação de políticas públicas, e outros estudos de temas relevantes junto à sociedade, além de diagnóstico, análise e planejamento estratégico de pesquisa e comunicação em campanhas eleitorais.
Introdução a linguagem de programação R
A linguagem de programação R é utilizada para organização, análise e apresentação de dados. O curso apresentará a linguagem R e o RStudio. Serão apresentados conceitos usando R base, e então falaremos em como fazer algumas tarefas usando o pacote tidyverse, como: importar uma tabela para o R, exportar uma tabela para o computador, selecionar colunas, filtrar linhas, ordenar uma base de dados, transformar variáveis, obter sumarização por grupos, obter estatísticas descritivas, entre outros. O curso tem como público-alvo pessoas que tenham interesse em utilizar R para análise de dados. Todas as ferramentas utilizadas são gratuitas.
Beatriz Milz
Beatriz Milz é doutoranda em Ciência Ambiental (PROCAM/IEE/USP) na Universidade de São Paulo. Co-organizadora da R-Ladies São Paulo, uma comunidade que tem como objetivo promover a diversidade de gênero na comunidade da linguagem R. Instrutora de tidyverse certificada pela RStudio.
Visualização de dados
O curso “Visualização de dados” abordará o uso da linguagem de programação R para a geração de gráficos, bem como a criação de mapas simples. Serão apresentados alguns conceitos como: quais são as diferenças entre visualizações exploratórias e explicativas, boas práticas ao criar visualizações de dados, como criar gráficos simples (como gráficos de dispersão/pontos, gráfico de barras, gráfico de linhas, histograma, boxplots), como personalizar os gráficos, exportar os gráficos em formatos adequados para publicações acadêmicas, e como criar mapas simples usando a teoria de gráficos em R.
Todas as ferramentas utilizadas são gratuitas: utilizaremos a linguagem de programação R, e o RStudio, e os pacotes ggplot2, sf, e geobr. O curso tem como público-alvo pessoas que tenham conhecimento básico em R, e queiram interesse em aprender a criar visualizações de dados.
Beatriz Milz
Beatriz Milz é doutoranda em Ciência Ambiental (PROCAM/IEE/USP) na Universidade de São Paulo. Co-organizadora da R-Ladies São Paulo, uma comunidade que tem como objetivo promover a diversidade de gênero na comunidade da linguagem R. Instrutora de tidyverse certificada pela RStudio.
Introdução à análise de regressão para pesquisas sociais
Este curso tem por objetivo introduzir pesquisadores e pesquisadoras na utilização de modelos de análise de regressão à investigação de fenômenos sociais. Serão abordadas técnicas para análise de dados contínuos (regressão linear) e categóricos (regressão logística), com a exposição de suas propriedades, procedimentos de implementação e a realização de exercícios práticos a partir de bases de dados disponíveis gratuitamente online.
Murillo Marschner
Murillo Marschner é mestre (UFMG) e doutor (USP) em sociologia. Atualmente professor do Departamento de Sociologia da USP (2019-) e ex-professor do Departamento de Educação da Puc-Rio (2015-2019). Pesquisador associado ao Cebrap desde 2007, tem experiência de pesquisa nas áreas de educação, trabalho, desigualdades sociais e políticas públicas.
Raspagem de dados com R
O laboratório apresenta as principais ferramentas de captura de dados na Internet e análise quantitativa de texto utilizando R. Além de ser um software livre voltado para estatística computacional e análise de dados, R é uma linguagem focada na aplicação de funções que, entre outras possibilidades, permite a captura de dados de forma automatizada na internet. A partir de informações disponíveis em portais de notícias, apresentaremos esse processo de raspagem de dados de páginas web (especialmente de tabelas e de páginas construídas em html) e construção de bases de dados com textos de Internet tratados como informações quantitativas, o que permitirá introduzir algumas das práticas de mineração de texto. Faremos um exercício empírico partindo de uma questão de pesquisa que conduzirá a experimentação, de forma a capacitar os participantes com ferramentas e procedimentos que depois poderão ser usadas para a construção de suas próprias bases de dados. Para participação no curso, espera-se conhecimento prévio da linguagem R ou uma preparação de nivelamento por meio de tutoriais indicados antes do início das aulas.
Thiago Meirelles
Doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP) e Pesquisador do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Seu objeto de pesquisa são os efeitos da inteligência artificial sobre o mercado de trabalho e a desigualdade de renda. Outros interesses de pesquisa incluem conflitos distributivos e seus impactos sobre a desigualdade, bem como metodologias para inferência causal. Graduado em Relações internacionais pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), é mestre em Ciência Política pela USP.
Análise quantitativa de texto
O curso “Análise Quantitativa de Textos com R” abordará conceitos como: o que é análise quantitativa de textos; como estruturar textos capturados de pdfs, html simples e word em uma base de dados; como realizar o pré-processamento destes dados (por exemplo: remoção de caracteres que não são relevantes para a análise, remoção de “stop words”, utilização de expressões regulares para identificar palavras relevantes, entre outros); como realizar contagens de palavras ou n-grams mais frequentes; como visualizar estas contagens (como uma nuvem de palavras ou gráficos de barras); e por fim será abordado de forma introdutória a modelagem de tópicos, um método não supervisionado para criar grupos de documentos (similar ao cluster utilizado com dados numéricos). Serão apresentados também alguns exemplos destes tipos de análises. Todas as ferramentas utilizadas são gratuitas: utilizaremos a linguagem de programação R, o RStudio, e os pacotes stringr, ggplot2, dplyr, tidytext, entre outros. O curso tem como público alvo pessoas que tenham conhecimento intermediário em R e tenham interesse em analisar textos com métodos quantitativos utilizando R.
Beatriz Milz
Beatriz Milz é doutoranda em Ciência Ambiental (PROCAM/IEE/USP) na Universidade de São Paulo. Co-organizadora da R-Ladies São Paulo, uma comunidade que tem como objetivo promover a diversidade de gênero na comunidade da linguagem R. Instrutora de tidyverse certificada pela RStudio.