IPP inicia colaboração com três universidades estrangeiras para realizar uma série de seminários sobre desenvolvimento global

O International Postdoctoral Program (IPP) Cebrap juntou-se à Universidade Global OP Jindal, na Índia, à Universidade Mahidol, na Tailândia, e à University de York, na Grã-Bretanha, para criar o projeto Global Classroom. Esta iniciativa é direcionada a estudantes e pesquisadores que desejam aprender e discutir novos desafios e abordagens para o desenvolvimento global. O programa deste semestre aborda tópicos como a reinvenção do conceito de “desenvolvimento”, a previsão de como as mudanças climáticas afetarão o desenvolvimento no futuro e a discussão sobre o potencial de novas formas de cooperação multilateral entre os estados do sul global. Os seminários estão sendo gravados e postados no canal do YouTube do Departamento de Política da Universidade de York. 

Representando o IPP-Cebrap, Pedro Mouallem e Zoheb Khan ministraram a terceira aula deste semestre intitulada “Aproveitando meios privados para objetivos públicos: compreendendo (e criticando) o papel dos Estados do sul global no desenvolvimento dos mercados de títulos verdes”.

Muitos acreditam que os governos – especialmente no mundo em desenvolvimento – não podem financiar sozinhos a urgente transição para uma economia de baixo carbono. Assim, Estados ao redor do mundo são incentivados a entrar em parcerias com o setor privado para mobilizar recursos, como, por exemplo, nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e no Acordo de Paris. Os títulos verdes são instrumentos de dívida cujos recursos são destinados a financiar projetos rotulados como “verdes” – tais como investimentos em infraestrutura de energia renovável – oferecendo retornos financeiros competitivos. Isso representa uma potencial solução “ganha-ganha”, beneficiando pessoas, planeta e investidores. No entanto, alguns argumentam que o desenvolvimento dos mercados de títulos verdes transfere o controle, a propriedade e o ritmo da transição verde para o setor privado, reforça interesses já poderosos e exige que os Estados realizem um custoso “desbloqueio de riscos” dos mercados para proteger os lucros privados. Neste seminário, Pedro e Zoheb exploram esses debates no contexto de duas grandes economias emergentes – Brasil e África do Sul.

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