Lançada no dia 27/8, a edição 2024 do Relatório do Observatório Brasileiro das Desigualdades destaca melhorias significativas em alguns indicadores sociais, como a redução de 40% na proporção de pessoas em extrema pobreza, com um impacto ainda maior entre as mulheres negras (45,2%). Ainda assim, não houve alteração significativa na desigualdade de renda: o 1% mais rico tem rendimento médio mensal per capita 31,2 vezes maior do que os 50% mais pobres.
O Relatório é uma iniciativa liderada pela Ação Brasileira de Combate às Desigualdades (ABCD) e contou com patrocínio da Fundação Tide Setubal. Coube ao Núcleo de Desenvolvimento do Cebrap a elaboração e a coordenação técnica do documento. O Relatório foi coordenado por Tomás Wissenbach e contou com a participação dos pesquisadores Edgard Fusaro, Jonas Bicev e Vitor Vanetti, todos do Cebrap.
O Relatório registra redução no desemprego, aumento no rendimento médio e um crescimento na proporção de mulheres negras jovens cursando o ensino superior. Persistem, no entanto, graves desafios, como o aumento da desnutrição entre crianças indígenas e um aumento nas emissões de CO2 per capita.
Coordenado pela ABCD, o estudo conta com a colaboração de diversas entidades da sociedade civil, associações de municípios, sindicatos e esferas governamentais. O objetivo é não apenas monitorar as desigualdades, mas também fornecer subsídios para a formulação de políticas públicas efetivas e inclusivas, especialmente em um ano de eleições municipais, em que é ainda mais evidente a necessidade de ações coordenadas.
Os dados completos e análises temáticas do relatório estão disponíveis para consulta pública através deste link.