Comportamento eleitoral e determinantes do voto em São Paulo

A pesquisa procura investigar o comportamento eleitoral na região metropolitana da cidade de São Paulo. O objetivo é identificar padrões, comparando os resultados eleitorais no espaço, no tempo e para diferentes cargos. O banco de dados, já constituído, reúne informações sobre eleições ocorridas desde 1994, agregadas por seções que contam em média com 500 eleitores.

Trata-se de um desenvolvimento natural da pesquisa em curso e dos resultados por ela já alcançados. O desenvolvimento pode ser dividido em duas partes. Na primeira delas se pretende aprofundar o significado dos padrões já encontrados, buscando distinguir o efeito das variáveis sócio-demográficas classicamente estudadas pela sociologia eleitoral das espaciais. No momento, podemos afirmar que o padrão encontrado tem uma lógica sócio-demográfica e espacial, uma vez que estes dois conjuntos de variáveis apresentam forte correlação.

Se, de fato, o espaço desempenhar um peso independente para explicar o comportamento eleitoral, queremos aprofundar a discussão das implicações deste achado para as teorias explicativas sobre o comportamento eleitoral. O mesmo se aplica para as variáveis sócio-demográficas. O segundo plano de trabalho relaciona-se com a estruturação individual do voto. Como o eleitor coordena seus diferentes votos?

O calendário eleitoral brasileiro prevê que em uma eleição, o cidadão expresse de duas (eleições municipais) a sete (eleições gerais no caso de duas vagas para o senado) preferências. Assume-se, em geral, que partidos contam pouco e que os eleitores pautam suas decisões de acordo com preferências puramente individuais e pessoais. As pesquisas exploratórias que realizamos até o momento indicam que as preferências dos eleitores são pautadas pelos partidos.

Coordenação: Glauco Peres da Silva

Pesquisadores: Sérgio Simoni; Lara Mesquita; Graziele Silotto; Marina Merlo

Anexos