Os mercados ilegais são tema emergente na literatura socio-antropológica. A relevância dessas economias para o conflito urbano brasileiro tem sido destacada, bem como a nacionalização de facções criminais do sudeste para outras regiões do país, em especial as fronteiras nacionais, portos e aeroportos. A chegada às fronteiras amplia a escala de circulação de drogas, armas, contrabando e veículos, que consolidam circuitos globais entre legal e ilegal. O conhecimento empírico sobre esses mercados, entretanto, é ainda muito limitado. Conhece-se menos ainda sobre seus modos práticos de expansão. Este projeto, amparado em etnografia multissituada, partirá de trajetórias de jovens ladrões, traficantes e trabalhadores informais entre Alagoas, São Paulo e cidades fronteiriças do Brasil com Bolívia, Paraguai e Colômbia. Com base em registros de campo e de percursos individuais de migração, atentos às infraestruturas de transporte que agenciam deslocamentos entre as margens de São Paulo, Nordeste e Regiões de Fronteira, buscaremos os mecanismos pelos quais os mercados ilegais têm se expandido no Brasil.
Período: Fev. /2021 a Fev/2023
Patrocínio/financiamento: FAPESP – FAPEAL (processo nº 2019/25686-9)
Instituições Parceiras: UFAL (Universidade Federal de Alagoas)
Pesquisadores externos envolvidos: Isabela Vianna Pinho (UFSCar), Gregório Zambon (UNICAMP), Alana Barros Santos (UNICAMP), Ada Rízia Barbosa da Silva (USP), Adson Ney dos Santos Amorim (UFSCar), Simon Rodrigo da Costa Jara (UFSCar), Fernando de Jesus Rodrigues (UFAL)