Este estudo pretende avançar na compreensão dos fatores que explicam o dinamismo das economias baseadas em conhecimento, contribuindo para identificar ações que reforcem o potencial de desenvolvimento regional de São Paulo e contribuam para que este tenha efeitos distributivos e integradores também para a parcela mais pobre de seus habitantes.

Em termos empíricos (apoiados em estudos anteriores realizados por esta equipe), a seleção dos nichos de atividade a serem estudados privilegiará áreas que mantenham intersecções transversais, isto é, que mantenham relações de provimento e consumo com atividades diversificadas e articuladas em rede antes que cadeias produtivas. Alguns exemplos dessas áreas são: tecnologia da informação, saúde e biotecnologia, mídia (publicidade, jornalismo, TV e audiovisual), moda, ensino superior e P&D, turismo e gastronomia. Para a caracterização estrutural destas atividades serão utilizadas as bases estatísticas e cadastros mais conhecidos (RAIS, CEMPRE, PED, PIA, PAS, PAC, PINTEC), fontes administrativas (Valor Adicionado Fiscal) e estudos setoriais das associações empresariais. A ênfase maior, contudo, será dada aos estudos de caso apoiados em metodologias de tipo qualitativo.

No plano das comparações, exatamente por que a economia de São Paulo tem características singulares no espaço nacional, privilegiaremos o estudo de capitais econômicas de países com trajetórias e nível de desenvolvimento similares aos do Brasil (Coréia do Sul, Índia e China).

Na primeira etapa desta pesquisa, entre junho e dezembro de 2009, serão produzidos dois artigos: um sobre desenvolvimento econômico e cidades (comparação entre Brasil e Ásia); e outro sobre conhecimento, aprendizado e áreas de atividade econômica (ou redes produtivas). O objetivo é preparar a base teórica para as fases posteriores da pesquisa.