Partindo do suposto de que a metrópole se move nos quadros de uma dinâmica que lhe é particular, este projeto pretende se voltar para o estudo do tipo de experiência que a “vida urbana” promove em diferentes grupos sociais ou locais.
Pretendemos compreender como as estruturas de comunicação – em particular o fluxo das imagens – estruturam a experiência metropolitana. A imagem terá aqui um duplo estatuto. O primeiro, de caráter etnográfico, tem como objetivo trabalhar a co-extensividade entre a imagem e os fluxos vividos na paisagem urbana. O segundo, propriamente teórico, dá continuidade à reflexão acumulada pela área de cinema documentário da área de Difusão nos trabalhos de captação da vida cotidiana da metrópole paulista. A hipótese aqui é de que através das imagens (a produzir ou já disponíveis) sobre diferentes experiências urbanas é possível empreender uma leitura da sociabilidade enquanto fluxo. Para tanto, será preciso voltar ao estudo de certos conceitos considerados superados pela crítica de cinema tais como fisionomia, empatia, paisagem , para avaliarmos seu potencial analítico da experiência urbana contemporânea.