What a 12th Century Muslim says to a 21st Century Christian in Andalusia: Inheriting a Complex Religious Identity

Desde o final do século XIX, muitos espanhóis – principalmente os que residem no sul do país – passaram a sentir que a Andaluzia está ligada vitalmente à al-Andalus (Iberia islâmica medieval) e que os desafios enfrentados por eles, hoje – e pelos europeus de maneira mais ampla –, exigem o reconhecimento dessa identidade e de sua continuidade histórica. Descobrindo-se herdeiros de uma identidade histórica profundamente marcada pela tradição islâmica (uma identidade insistentemente negada e apagada no discurso nacionalista espanhol), esses homens e mulheres descobriram que o Islã é parte integrante de suas vidas, perturbando sua identidade europeia, espanhola e andaluz. Nesse seminário, Charles Hirschkind discutiu a memória histórica como um meio de identidade religiosa, ou, mais precisamente, uma interpelação religiosa dirigida a um sujeito fora dos limites dessa religião. Embora seja comum pensar nos legados de al-Andalus como “culturais” e não religiosos, nenhum desses termos modernos faz justiça ao impacto perturbador do passado ibérico sobre aqueles que ouvem seu chamado. Com base na história do andalucismo, é colocada a seguinte pergunta: o que significa para um europeu cristão moderno ser o herdeiro de um passado muçulmano?

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