Impacto social do uso da bicicleta no Rio de Janeiro

Está no ar nova pesquisa feita pelo Cebrap em parceria com o Itaú. Impacto Social do Uso da Bicicleta no Rio de Janeiro foi elaborada a partir de entrevistas domiciliares com indivíduos de 16 anos ou mais e amostragem com dois grupos distintos: população do município do RJ e ciclistas. A pesquisa foi coordenada por Carlos Torres Freire, diretor científico do Cebrap, e sua amostragem permitiu verificar as condições de deslocamento dos cariocas e medir os impactos individuais e sociais do uso da bicicleta no ambiente, na saúde e na economia.

AMBIENTE

– 37% das viagens de ônibus e 51% das de automóvel poderiam ser pedaladas [viagens de até 8km, das 6h às 20h e por pessoas com menos de 50 anos]. Essa troca poderia levar a uma redução de 18% de emissão de CO².
– 3% de viagens com bicicleta já deixam de emitir 1% de CO².
– No deslocamento: sensações de bem estar [prazer, relaxamento e satisfação] aparecem mais entre ciclistas comparados à população não ciclista do Rio de Janeiro, enquanto sensações negativas [estresse, medo de atrasar, desconforto] aparecem menos.

SAÚDE

– Atividade física X Sedentarismo: entre ciclistas dobro de ativos comparado à população não ciclista carioca [82% x 41%].
– Se perfil da população do Rio de Janeiro fosse como dos ciclistas, haveria 8 milhões de economia no SUS com internações por doenças cardíacas e diabetes [19% do total desse gasto].

ECONOMIA

– Troca por bicicleta nas classes C/D representaria uma redução dos gastos com transporte de 18% para 4% da renda pessoal mensal [economia média de R$ 151 mensais – similar pra quem usa mais transporte público].

PIB

– Se 13% das viagens de automóvel fossem trocadas por bicicleta isso poderia gerar um acréscimo de 118 milhões no PIB.
– Se 15% das viagens de ônibus fossem trocadas por bicicleta isso poderia gerar um acréscimo de 325 milhões no PIB.

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