Acesso da população pobre de São Paulo aos serviços públicos: ação governamental e redes políticas e sociais

O projeto aplicou um survey com os 40% mais pobres da população abordando algumas das seguintes dimensões: condições de acesso ao mercado de trabalho e formas de geração de renda, condições de acesso a políticas públicas essenciais (como saúde, educação, transferência de renda e outras), redes de relações comunitárias, padrões associativos, envolvimento em novos espaços participativos e comportamento político.

Esse survey teve como idéia norteadora a necessidade de consideração das múltiplas dimensões da pobreza urbana, fenômeno que não se resume a baixos níveis de renda e escolaridade, ou à noção arbitrária de linha de pobreza, envolvendo também aspectos como a composição demográfica das famílias, as condições diferenciadas de acesso aos benefícios gerados pelo Estado, as diversas formas alternativas de geração de renda e muitos outros aspectos. Procuramos explorar o impacto da segregação urbana sobre condições de vida em geral e comportamento da população de baixa renda, incorporando a dimensão espacial da pobreza. Sendo assim, utilizamos uma amostra representativa de três áreas da cidade: áreas pobres, ricas e de classe média. Além disso, ao abordar somente os 40% mais pobres, foi possível controlar o conhecido efeito dos diferenciais de renda sobre o acesso a políticas e serviços públicos e assim comparar os modos de vida pessoas com características sócio-econômicas similares em diferentes contextos urbanos.
Coordenadora: Argelina M. Cheibub Figueiredo

Pesquisadores: Haroldo da Gama Torres e Renata Bichir

Informações

Institute of Development Studies

Período

novembro de 2004 – abril de 2005

Anexos